sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Stefan e Elena¹

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Ele se aproximou em silêncio, a mão estendendo-se para a dela. Viu sua cabeça balançar em protesto, viu que seus lábios estavam separados devido à respiração acelerada. De perto, sua pele tinha um brilho que vinha de dentro, como uma chama reluzindo através da cera transparente de uma vela. Pequenas lágrimas se prendiam aos seus cílios, como diamantes.
Embora ela balançasse a cabeça, ainda protestando, não recolheu a mão. Nem mesmo quando os dedos estendidos de Stefan a tocaram, apertando as pontas frias dos dedos de Elena como se estivesse em  lados apostos de uma vidraça.
E, a essa distância, os olhos dela não fugiram dos dele. Eles se olhavam, fixamente, e não se desviaram. Até que , por fim, ela parou de sussurrar "Stefan, não" e só sussurrou o nome dele.
Ele não conseguiu pensar. O coração ameaçava saltar do peito. Nada mais importava, apenas que ele estava ali, que ali eles estavam juntos. Ele não percebeu o ambiente estranho, não se importou com quem poderia estar olhando.
Lentamente, bem devagar, ele fechou a mão na dela, entrelaçando os dedos, como deviam ficar. A outra mão de Stefan se ergueu até o rosto de Elena.


(Pg. 172 à 174)

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